17 dezembro 2007

Blog novo, discussões de sempre

Venho por este meio convidar Vossas Excelências para a abertura do blog mais conflituoso da história da blogosfera. A ideia é que se lancem o maior número de discussões possíveis, por forma a encontrar novas ideias, novas formas de ver as coisas. Apareçam e digam o que pensam.

02 dezembro 2007

Tiempo de Valientes




Confesso que cada vez gosto mais de filmes em espanhol. Depois de Alatriste, sobre o qual nada escrevi, mas que merece uma ou duas frases. El Capitán Alatriste é, sem dúvida, um belo filme. Para além das cenas de porrada, existem cenas lindíssimas inspiradas nos quadros de Velásquez. A não perder.

Quanto a este Tiempo de Valientes, espero não estragar uma parte do filme cm este vídeo. A grande mais valia desta fitósia são os diálogos, bastante cómicos, entre as personagens principais. Outro filme muito recomendável.

13 novembro 2007

07 novembro 2007

Primeiras fotos da minha máquina de 5 euros








Desfocadas, como alguém previu...

23 outubro 2007

20 outubro 2007

Seems familiar?

"I remember that in 1802, they slipped into the law on special tribunals an article which introduced into France Greek ostracism; and God knows how many eloquent speakers, in order to have this article approved, talked to us about the freedom of Athens and all the sacrifices that individuals must make to preserve this freedom! Similarly, in much more recent times, when fearful authorities attempted, with a timid hand, to rig the elections, a journal which can hardly be suspected of republicanism proposed to revive Roman censorship to eliminate all dangerous candidates."

Benjamin Constant

11 outubro 2007

O Fundo\Última Queima\O Queimado\Considerações


Dizia-me o Crocodilo no outro dia que os blogs só podem ser ou um comentário sobre a actualidade ou um poço de lamechices. De vez em quando, quando não há nada de vagamente interessante ou pessoal para escrever, faz-se o postzinho da treta com um video, uma letra ou uma foto. O que eu mais gosto, de facto, são os posts pessoais, sejam de opinião ou meramente masturbatórios. No entanto, um bliog não o seria, para mim, sem uma transposição, calculada ou não, dos gostos de quem posta. Uma boa foto, uma péssima foto ou um video de uma música que não nos sai da cabeça, é essencial. Há coisas que se têm de postar, outras que só se acha piada e outras ainda pa aparvalhar. Indo para além do argumento d'o Crocodilo, parece-me que se anda cada vez mais a intelectualizar a blogoesfera, algo incontrolável, mas que não pode deixar de ser combatido. Um blog não é um jornal, não é literatura, não é nada. É um espaço pessoal aberto a quem quizer, sujeito á barra dos comentários, livre de fronteiras. Tanto pode ser genial como merdoso, não deixa de ser um blog.

Quanto á foto, é só pa prove the point, não vale para além disso.


I remember it well
The first time that I saw
Your head around the door
'Cause mine stopped working

I remember it well
There was wet in your hair
I was stood in the stairs
And time stopped moving

I want you here tonight
I want you here
'Cause I can't believe what I found
I want you here tonight
I want you here
Nothing is taking me down, down, down...

I remember it well
Taxied out of a storm
To watch you perform
And my ships were sailing

I remember it well
I was stood in your line
And your mouth, your mouth, your mouth...

I want you here tonight
I want you here
'Cause I can't believe what I found
I want you here tonight
I want you here
Nothing is taking me down, down, down...

Except you my love. Except you my love...

Come all ye lost
Dive into moss
I hope that my sanity covers the cost
To remove the stain of my love
Paper maché

Come all ye reborn
Blow off my horn
I'm driving real hard
This is love, this is porn
God will forgive me
But I, I whip myself with scorn, scorn

I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
I remember december
And I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
What the hell do you want?

Moth

25 setembro 2007

Denny Crane!!!



Depois do post mais xoninhas de sempre.. Denny Crane, I'm the best!!!

24 setembro 2007

Crossroads

Ao contrário do famigerado filme de Britney Spears, com Britney Spears e sobre Britney Spears, este post não é sobre descoberta pessoal. Bem, no fundo, até devia ser... Isto porque uma encruzilhada sugere sempre uma hipótese de escolha, e até quem sabe de mudança. Não é, contudo, tudo aquilo que sempre desejei: ser livre, com a vida nas mãos e o futuro pela frente. Olho para os caminhos que posso seguir e em vez de os olhar com a curiosidade de quem antecipa o desconhecido e potencialmente apetecivel futuro, encolho-me na certeza de encontrar becos sem saída. Que todas as estradas têm curvas, desvios, atalhos, subidas, descidas, paragens e finalmente um fim, já o sei há muito tempo. Nunca me imaginei a duvidar da validade destes percursos, sempre achei que os caminhos de cabras dessem facilmente lugar a grandes autoestradas, ás quais chegaria naturalmente. Nunca gostei de rotundas e é numa que me sinto. Às voltas, sem decidir que saída tomar, porque as saídas essas são sempre as mesmas...

19 setembro 2007

Mariquices da Feira da Ladra


Pela primeira vez na vida sou proprietário de uma máquina fotográfica. Chama-se Yashica e tem alguns 30 anos. Para breve esperam-se as primeiras fotos.

12 setembro 2007

Please...



Good times for a change
See, the luck Ive had
Can make a good man
Turn bad

So please please please
Let me, let me, let me
Let me get what I want
This time

Havent had a dream in a long time
See, the life Ive had
Can make a good man bad

So for once in my life
Let me get what I want
Lord knows, it would be the first time
Lord knows, it would be the first time

Fotos de Morrissey (compositor)
Música de Clayhill

21 agosto 2007

E então e o nosso Benfica?


E já começou tudo outra vez. Nunca gostei do Fernando Santos, embora a equipa tenha jogado bem no princípio do ano, acabámos pessimamente. Tem que se começar a perceber que os campeonatos se perdem nestes jogos da caca. A época passada acabámos a 2 pontos do primeiro lugar, se este ano acontecer o mesmo não se esqueçam deste resultado.



20 agosto 2007

O que eu devia ter dito...

Considero-me um aveirense, embora neste ponto da minha vida já tenha vivido mais tempo fora de Aveiro que na cidade. A minha relação com Aveiro é assim, obviamente, marcada por diferentes perspectivas. Enquanto habitava nos arredores, era Aveiro que servia como farol, era lá que estavam os cinemas (na altura só duas salas, mas melhor que nada), os bares, os teatros, as lojas, as miúdas mais giras... Falar de Aveiro era quase como lidar com uma "terra prometida", onde as pessoas pareciam mais inteligentes, interessantes e com mais vida.

Depois, com a passagem para a universidade para Lisboa, Aveiro passou a ser a "minha terra, uma cidade que passei a ter de apresentar aos meus amigos, dado que poucos a conheciam. Na perspectiva deles, Aveiro era pouco mais que ovos moles, moliceiros e o Beira-Mar; um sítio meio perdido entre a misteriosa nação portista e o mundo dominado pelos estudantes que é Coimbra. Em Lisboa, a minha cidade passou a ser pequenina, rotulada como mais uma cidade da "província" por aqueles que pouco conhecem o país para lá dos arrabaldes da capital. Forçosamente a tive de mudar a minha forma de me relacionar com uma cidade que, apesar de não me ter deixado com mais que uma mão cheia de amigos, me continua a fascinar.

Com esta nova conjuntura, tive de reinventar "Aveiro". Agora vejo a cidade como um adolescente promissor, cheio de falhas, mas com um futuro potencialmente muito agradável. A pequenez demográfica da cidade, que até me parece um dos seus pontos fortes, não desculpa a apatia geral desta cidade: no cinema, em que somos dependentes de cinemas mainstream que ignoram a maior parte dos bons filmes que têm passado nos últimos anos; no teatro, onde não temos produção própria e contamos apenas com as peças que vêm de fora, algumas delas de qualidade mais que questionável; no desporto, em que existem vários clubes dos mais variados desportos, mas que no entanto pouca relevância têm quando chegam a fases mais competitivas.

Aveiro tem de ter um plano. Um plano. Não se pode ter ilusões quanto a este ponto. A gestão de uma cidade neste momento não se pode resumir á resposta aos problemas que vão surgindo, tem de se antecipar esses problemas. Há que descobrir o que os aveirenses querem da cidade, como querem que esta cidade seja vista por quem não é de cá.

Eu, enquanto aveirense, penso que Aveiro deverá seguir o caminho da excelência cultural. Tem de se investir primeiro a nível escolar, recorrendo ás possibilidades que nos são dadas pelos agrupamentos das escolas de aveiro para coordenar uma política de colaboração, no sentido de proporcionar aos jovens aveirenses um conjunto de escolhas a nível de expressão artística que lhes permita desenvolver de forma saudável as suas capacidades neste campo. Acompanhando esta política deve-se potenciar o aparecimento de novas associações culturais, garantindo o apoio de iniciativas culturais, não só juvenis, mas também de pessoas normalmente alheadas deste tipo de associações, nomeadamente o "working class man".

Com isto não quero menosprezar os movimentos já existentes, como o Mercado Negro que tem trazido a Aveiro uma leva de artistas que em nada desmerece quanto ás restantes cidades. Também o renovado Teatro Aveirense tem aumentado a sua acção neste campo, não só no campo do teatro, mas também no do cinema e da dança.

Muito disto depende, ao contrário do que se pensa em Portugal, não da acção do poder político, mas principalmente da massa social aveirense. Temos de ser nós, aveirenses, a começar a mudança, investindo parte do nosso tempo protegendo a actividade cultural, discutindo, criando e apoiando novas actividades.

26 julho 2007

Assim é que se faz!!



Para a Shotora Vera

23 julho 2007

Wise Fashion Statements



Metelkova, casa de banho






Veneza, parede

Metelkova

"Metelkova is an internationally renowned autonomous cultural zone situated on the site of former military barracks – the Slovene headquarters of the Yugoslav National Army. This public space which otherwise lay unused, and which the state now intends to clear, was occupied in September 1993 precisely in order to prevent its illegal demolition and to carry out various forms of autonomous creativity.



Neither the City of Ljubljana nor the Slovene state have showed any interest in maintaining the status of the autonomous zone of Metelkova, and therefore the possibilities of the people involved in it, to further develop their creativity. Instead we have witnessed attempts by the city and the state to try and legalize Metelkova or attempting to supplant it with shopping centres and other commercial ventures. The hard, yet energetic, development of Metelkova in a contrary direction, was possible due to numerous groups and individuals who consistently fought to maintain the autonomy, new spaces, contents and cultures of Metelkova.
For instance – Metelkova is one of the few places where different types of live music ranging from Free Jazz, Noise to Dub and Techno can be heard in peaceful coexistence. A number of artists have their studios at Metelkova. This also boasts one of the most open and creatively varied galleries for contemporary art not only in Slovenia but regionally, too. Metelkova is also one of the few places in Slovenia to offer migrants and asylum seekers, members of ethnic and other minorities, a possibility to openly socialize among themselves and with other people. For many years, Metelkova hosted the only fully fledged Women’s centre, and it is today still the only place in the country with community run clubs for handicapped youth, gay and lesbians. Many campaigns against racism, various forms of individual as well as social violence, have been planned and carried out at Metelkova."



Sitío que descobri graças ao completíssimo roteiro feito pelo meu primo Luís, imigrado mais em Ljubljana que na sua suposta terra erasmus de Trieste. Em pouco mais de 4 horas descobri o Hostel Celica considerado o melhor hostel do mundo, animado pela música oa vivo de um grupo esloveno. Passei ainda por vários bares com diferentes músicas e ambientes. Desde o bar do relax a cheirar a ganza, ao bar de música ao vivo e ao bar de música alternativa. No meio os diferentes bares estavam algumas centenas de pessoas, ao estilo Bairro Alto, ou seja, a beberem cerveja (que por lá custa 1,5€ ao meio litro).

Obrigado Luís.

14 junho 2007

Carta Aberta aos Grupos Parlamentares e Senhor Ministro da Justiça

Alguns alunos finalistas (de Bolonha) decidiram fazer uma carta aberta aos grupos parlamentares e ao Ministro da Justiça no intuito de darem, também eles, a sua opinião acerca da reforma. Até pareceria que finalmente alguém se apercebe que a intervenção directa pode e deve ser feita também pelos alunos, mas não… No fundo foi só mais um bocadinho de parvoíce. Aí está a carta, comentada obviamente.

Exmos Senhores,

Pedimos desculpa por incomodar.


Não peçam já desculpa! Então isto é uma daquelas cartas escritas, supostamente, já em último recurso, depois dos nossos representantes terem falhado a sua missão e vamos pedir desculpas? Estão no vosso direito e para alem disso quem deveria pedir desculpa eram os grupos parlamentares por terem deixado arrastar esta reforma até agora.

A Proposta de alteração legislativa à Lei n.º 15/2005 de 26 de Janeiro (Estatuto da Ordem dos Advogados) apresentada pela Ordem dos Advogados levou-nos a redigir este documento de forma a dar conhecer a V. Exas. algumas dificuldades e discrepâncias que a mesma poderia provocar no seio académico português.

Eu até gosto de seios, agora o seio académico português não me parece lá grande coisa.

De facto a adaptação desajustada e apressada com que algumas Universidades Portuguesas se alinharam por Bolonha fez com que a Ordem dos Advogados, instituição que todos respeitamos e prezamos, também se apressasse por resolver uma situação difícil mas de extrema importância.

Isto é sempre a venerar, já não bastava pedir desculpa no princípio e agora remetem as culpas todas para cima das Universidades (isto para alem de dizerem que “respeitam e prezam a Ordem dos Advogados, o que seria se assim não fosse…)

Todos sabemos os princípios fundamentais com que o Processo de Bolonha se apresentou.
A ideia de uniformização do ensino na União Europeia, de facilitar o intercâmbio estudantil e a capitalização do espaço Schengen, bem como a liberdade e maior disponibilidade incutida e promovida a todos os estudantes para, com mais tempo, poderem, se assim o entenderem, especializar-se numa matéria da sua área, em Portugal ou no estrangeiro, são dois dos objectivos mais importantes.


Primeiro gostaria de saber como é que se capitaliza o Espaço Schengen; segundo, não percebo esta parte da especialização numa matéria da sua área e o quem é que os impede de fazê-lo de qualquer forma.

Acontece que todos estes princípios e fins que Bolonha visa promover e atingir, relativamente ao curso de Direito, e em especial, aos alunos das faculdades aderentes a Bolonha, deixa neste momento numa situação complicada, restritiva e extremamente injusta todos eles, e porquê?:

Quem conseguir destrinçar o conteúdo dos erros gramaticais poderá perceber que os alunos das faculdades de Direito que já instituirão a passagem para o modelo de Bolonha, estão numa situação complicada. Então e os outros, estão porreiros da vida?

Complicada, por, agora com Bolonha, a Ordem dos Advogados querer também exigir para o exercício da profissão de Advogado, para além da licenciatura, mais que suficiente segundo muitos escritórios, advogados e professores, ainda, o título de Mestre.

Estes mágicos da Língua Portuguesa conseguiram enfiar em 5 palavras, 3 vírgulas. Um verdadeiro prodígio!
“Muitos escritórios, advogados e professores”, não fazem nem de perto, nem de longe a maioria.


Esta medida, no entanto, vai contra os princípios basilares de Bolonha, porque além de não flexibilizar os requisitos necessários para a adesão à profissão de Advogado, ainda os torna mais exigentes e complexos. Para além de ser necessária a frequência de 10 semestres (equivalente a 5 anos), também será necessário o grau de Mestre, o que implicará mais um semestre e trabalho adicional na elaboração da respectiva tese. Isto significa a perversão total do sistema que tinha como fim o acesso à profissão mais cedo e com muito mais flexibilidade, impossibilitando, por exemplo, uma pós graduação feita no estrangeiro, como tantos excelentes Advogados da nossa praça tiveram oportunidade de fazer.

No fundo só se vai fazer mais um semestre, não parece assim tão injusto! E eu concordo profundamente com o acesso directo de licenciados (de Bolonha) ás profissões, mas estes meninos não chegam nem perto de marcar uma posição a sério.
Incrivelmente continuam na sessão de lambebotice, agora para com “tantos excelentes Advogados da nossa praça”. Note-se que não são advogados quaisquer, são Advogados, com maiúscula. Em que é que este regime impossibilita os alunos de fazerem uma pós-graduação no estrangeiro? Continuo sem perceber.


Este novo regime vai contra os mais básicos Direitos Fundamentais da nossa Constituição: Liberdade de acesso à profissão, realização pessoal e liberdade de ensino.

Estes gajos invocam a CRP em vão! Pecado!

Além disso o regime transitório proposto é totalmente inadmissível, pois pretende aplicar o novo diploma retroactivamente – aplica-se aos estágios que se iniciem depois da entrada em vigor, mas não toma em consideração os candidatos que se inscreveram antes da entrada em vigor da nova lei, mas cujo estágio se inicia depois da entrada em vigor dessa lei (os estágios iniciam-se sempre em Setembro/Outubro). Frustra-se deste modo, gravemente, as legítimas expectativas de muitos alunos finalistas de Bolonha que até já tinham propostas para iniciar o seu estágio em Setembro.

Como já disse, concordo com eles quanto á questão da possibilidade de acesso ás profissões para licenciados por Bolonha, agora não vamos dizer que existiam “legítimas expectativas” que estes pudessem entrar já este ano. Estas expectativas não existiam quando estes meninos iniciaram o curso, ou seja, acabar com Bolonha era um bónus de menos 1 ano de curso. Não parece que tenham muito com que se queixar, se receberam propostas já sabem que correm o risco de não poderem aceitar.

A ser assim, estamos perante uma violação inadmissível do princípio da não retroactividade das leis e dos direitos adquiridos.

Não estão nada….

Restritiva porque, como já referimos, das Universidades que aderiram a Bolonha, poucas foram as que disponibilizaram um plano de Mestrados actual e que cubra todas as áreas que o Direito pode visar de forma a satisfazer as necessidades dos alunos.

Esta conversa não é para os políticos, é para as Universidades (mas na nossa ninguém faz farinha). E se poucas foram as que apresentaram um plano de mestrado, as faculdades de onde estes alunos provêm já apresentaram os respectivos planos, por isso ou estes alunos estão preocupados com os restantes alunos do país (o que não me parece), ou estão só a ser parvos.

Extremamente injusta pois, a exigência rígida de 10 semestres para a inscrição na Ordem (o que em si vai, desde logo, contra os pilares exigidos com a reformulação do Ensino Superior com Bolonha, em que se transforma o tempo em Créditos, podendo um aluno concluir a sua licenciatura desde que atinja os Créditos precisos e não por frequentar 8, 10 ou 12 semestres numa Universidade ou em qualquer outra instituição educativa superior) prejudicará e limitará o futuro de todos nós. Jovens e alunos finalistas no quarto e último ano da licenciatura de Direito, por ficarmos “presos” e “obrigados” aos limitados Mestrados que teremos à disposição em Portugal caso queiramos exercer, no nosso País, profissões jurídicas activas como advogado ou juiz.

Isto de ir contra pilares deve doer um bocadinho, principalmente contra pilares exigidos. O politicamente correcto atinge aqui um nível engraçado com a referência misericordiosa a “qualquer outra instituição educativa superior”. A questão dos créditos e dos semestres está confusa mas correcta. Agora a conclusão em nada é suportada pelos argumentos, dado que nunca se disse que quem “tirasse” o Mestrado no estrangeiro seria impossibilitado de aceder ás profissões, se bem que também nunca foi expressamente admitido. Isso sim romperia com o verdadeiro espírito da reforma de Bolonha.

Concluindo, a realidade que temos é que neste momento já não há hipóteses nem prazos para podermos realizar a nossa última etapa académica internacionalmente, como tantos ambicionávamos!

Claro que há, qual é que é o problema? Tanto texto e ainda não me conseguiram explicar esta.

Confiantes e crentes do sentido e justeza da nossa razão e na decisão que sobre este assunto se deva tomar e porque temos a certeza que não há, de parte alguma, intenção deliberada em prejudicar quem quer que seja, esperamos que nos ajudem a encontrar a “âncora” e a boa solução que nesta altura especial, difícil e decisiva tanto precisamos!

Justeza, estranho.. Âncora!!! Estes gajos são ridículos!!!!

Muito obrigado.

Alunos Finalistas de Bolonha

02 junho 2007

Eco

Os tempos que correm são sombrios, os costumes foram-se corrompendo e até o próprio direito à crítica, quando não é sufocado com medidas de censura, esbarra na fúria popular.

Umberto Eco (A Passo de Caranguejo)

09 maio 2007



O cliente tem sempre razão... Excepto á porta de uma discoteca.

27 abril 2007

11 março 2007

Fixações II e III



Missed the last train home,
Birds pass by to tell me that I'm not alone.

Over pushing myself to finish this part,
Handle a lot,
One thing I miss,
It's in your eyes,
In your eyes (6)

Have you seen this film?
It reminds me of walking through the avenues.

Washing my hands,
Attachment scared,
Land on the Ground,
One thing I miss,
It's in your eyes,
In your eyes (6)

(instrumental break)

In your eyes (9)

Fixações I




They call me The Wild Rose
But my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Elisa Day
From the first day I saw her I knew she was the one
She stared in my eyes and smiled
For her lips were the colour of the roses
That grew down the river, all bloody and wild
When he knocked on my door and entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man, and with a careful hand
He wiped at the tears that ran down my face
[Chorus]
On the second day I brought her a flower
She was more beautiful than any woman I'd seen
I said, "Do you know where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?"
On the second day he came with a single red rose
Said: "Will you give me your loss and your sorrow"
I nodded my head, as I lay on the bed
He said, "If I show you the roses, will you follow?"
[Chorus]
On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he knelt (stood smiling) above me with a rock in his fist
On the last day I took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
And I kissed her goodbye, said, "All beauty must die"
And lent down and planted a rose between her teeth

[Chorus]

09 fevereiro 2007

Contraditório

Decidi fazer um post e não um comment pela chatice que é ler textos grandes em pequenas janelas. Para se perceber este post é imperativo ler quer o texto anterior sobre o aborto quer todos os seus comments.


Caso ainda não tenhas percebido, tanto o meu post inicial como o meu comment estão escritos num tom de gozo óbvio. Apesar de ilustrarem uma ínfima parte daquilo que penso, não existem senão como chacota de algumas posições que têm vindo a ser defendidas pelas campanhas do Não. Servem acima de tudo como forma de expressão da verdadeira repulsa que sinto em viver num país em que pelo menos parte (esperemos que o referendo não confirme a catástrofe completa) da sua população se deixa levar por campanhas abertamente enganosas e habilmente manipuladoras como a do Não. Pior! Um país em que provavelmente tais campanhas nem sequer seriam necessárias (ás vezes acredito que existe uma conspiração para me estragar o dia) dado o grau de tacanhez das pessoas que a elas aderem. Parecendo pouco patriótico (diriam algumas vozes) sei que não o sou, apenas acredito que somos melhores que isto.

Passando a coisas sérias. As razões porque defendo o voto no Sim são mais que evidentes, em parte porque têm sido bem espelhadas pela campanha do Sim (que estranhamente parece desaparecida; se calhar deviam dar mais brindes, não sei…), em parte por serem (aparentemente não) indiscutíveis. Se calhar devia começar por uma lição de história, frisando as consequências negativas que os pensamentos dogmáticos da Igreja Católica têm acarretado para Portugal desde a Idade Média. Não o faço, acho que seria demasiado arrogante, ainda que relevante. A uma lição de Direito Penal é que não vou fugir.

A função do Direito Penal é a seguinte: identificar que comportamentos é que uma sociedade considera afectarem profundamente direitos pessoais de cada indivíduo ou o próprio funcionamento dessa mesma sociedade e que se acredite que pela sua gravidade seja necessária a imposição de uma pena a quem os praticar. Existem várias teorias, potencialmente aborrecidíssimas, que permitem identificar estes comportamentos e em que medida devem ser punidos. Este referendo serve somente para ajudar os legisladores, que sempre fizeram este trabalho sem consultar massivamente a população, a decidir se este comportamento específico (interromper voluntariamente a gravidez até ás 10 semanas) é considerado pela comunidade como suficientemente gravoso para ser punido com uma pena de prisão. A pergunta em si reflecte logo várias concepções formadas ao longo do tempo e que reflectem o avanço da sociedade ao longo dos últimos 20 anos: que cientificamente é quase unanimemente aceite que até ás 10 semanas não se pode dizer que exista um ser humano; que a interrupção da gravidez tem de ser obrigatoriamente voluntária, o que implica que a vontade de abortar tem de ser livre das pressões que os defensores do Não tanto temem; e que a questão existe por a actual lei não ser praticamente implementada por recusa da maior parte da população de a aceitar ou sequer a apoiar no sentido de não a querer ver aplicada.

Saindo do mundo do Direito, o que se que aqui não é mais do que dar a liberdade de escolher. Não se impõe nada a ninguém, não se impede ninguém de ter filhos, não se impede ninguém de julgar moralmente quem pratica o aborto. O que a lei actual (relembro que é essa que o Não está a defender) faz é usar a máquina penal, que é nem mais nem menos que o peso do juízo de valor de toda uma colectividade, para impedir que o aborto se efectue. Para mim o simples facto de existirem dúvidas que a maior parte da população queira que este juízo se faça, devia ser suficiente para que acabar de vez com esta lei.

Eu, ao contrário da dri (ainda que concordando com tudo o resto que ela disse) percebo porque votas Não. Tenho pena é que não contrarie a primeira premissa do meu post original, porque:

Acreditas que possuis a verdade última sobre questões que não te dizem respeito. Dás mais valor ao desenvolvimento de uma possível vida humana que ao desenvolvimento normal de uma que já existe. Sentes-te suficientemente sapiente para decidires sobre a vida de outras pessoas. Continuas a pôr, estranhamente, interesses económicos acima do bem-estar e da saúde das mulheres que querem abortar(e o vão continuar a fazer). Lutas por uma lei que vai manter inalterados uma série de problemas que todos reconhecemos como tal. Distorces a discussão inserindo o argumento da promoção da natalidade, nunca fui mais a favor. Assumes que eu quero ter uma palavra a dizer sobre se a minha namorada aborta ou não; não quero.

Queria só acabar dizendo que normalmente não sou uma pessoa intolerante em relação àqueles que têm posições diferentes da minha (não quero dizer que não pareça, mas apenas porque me da gozo discutir). Existem é limites a essa tolerância e este é um dos meus.

31 janeiro 2007

Não me cabe na cabeça

- que haja pessoas inteligentes que possam defender o não;
- que se acredite que a despenalização vai levar a uma liberalização irresponsável;
- que os remorsos de se ter feito um aborto possam ser evitados se se mantiver tudo igual;
- que exista quem considere que mesmo esta lei é demasiado permissiva e ache que uma mulher violada deve ser obrigada a prosseguir a gravidez;
- que exista quem não perceba que o limite das 10 semanas é tão violador do princípio da igualdade como os 16 anos para se poder ser julgado criminalmente, ou os 18 anos para a maioridade, são decisões legais, mas baseadas em patamares definidos cientificamente;
- que a campanha do não seja populista, demagógica e subversiva, mais preocupada em dar t-shirts e brindes do que em afirmar uma posição;
- que exista quem considere que seres em potência devam ser protegidos, se assim for pugnarei para que a ejaculação para efeitos não procriativos preencha o tipo criminal do genocídio e que o Tribunal Penal Internacional comece a investigar;
- que uma questão totalmente jurídica possa ser enquadrada de uma forma tão irresponsável;
- que ainda haja quem se refira ao feto com 10 semanas como "bébé" ou "criança", se assim fosse considerado o código penal já pune o infanticídio;
- que haja quem considere que as pressões exteriores que levam uma mulher a abortar não se sentem hoje em dia, sejamos razoáveis;
- que a minha geração seja mais retrógrada que a dos meus pais e tão conservadora como a dos meus avós, ao menois eles tinham razões para isso;
- que ainda haja indecisos por quererem votar sim, mas terem medo que os outros os julguem por "ser a favor do aborto".

10 janeiro 2007

Semana de caca...

Depois do massacre de mais de 150 alunos de Processo Penal, perpretado pelo Professor Costa Pinto; depois da maratona da noite de terça pa quarta a escrever umas 5 paginazinhas, em inglês, sobre Common Law; depois de um exame desnecessário também sobre a lei dos nossos irmãos anglo-saxónicos; agora segue-se um confronto com O Processo "Vou-te Lixar com os meus 10000000000 artigos" Civil; na sexta-feira, num tom mais light, não querendo dizer que me safe, tenho mais um pequeno examezinho de Resolução alternativa de litígios.

Para a semana será melhor, só tenho 3 exames, dois deles no mesmo dia, mas enfim.