"The pen in my hand is heavy with ink,\inspiration comes not to my mind.\I try very hard to think,\but destiny is not too kind.\So I will put my pen away,\no poetry is very frustrating.\Tomorrow words will come my way,\which to me is very exhilarating." Bernard Shaw
31 agosto 2007
21 agosto 2007
E então e o nosso Benfica?
E já começou tudo outra vez. Nunca gostei do Fernando Santos, embora a equipa tenha jogado bem no princípio do ano, acabámos pessimamente. Tem que se começar a perceber que os campeonatos se perdem nestes jogos da caca. A época passada acabámos a 2 pontos do primeiro lugar, se este ano acontecer o mesmo não se esqueçam deste resultado.
20 agosto 2007
O que eu devia ter dito...
Considero-me um aveirense, embora neste ponto da minha vida já tenha vivido mais tempo fora de Aveiro que na cidade. A minha relação com Aveiro é assim, obviamente, marcada por diferentes perspectivas. Enquanto habitava nos arredores, era Aveiro que servia como farol, era lá que estavam os cinemas (na altura só duas salas, mas melhor que nada), os bares, os teatros, as lojas, as miúdas mais giras... Falar de Aveiro era quase como lidar com uma "terra prometida", onde as pessoas pareciam mais inteligentes, interessantes e com mais vida.
Depois, com a passagem para a universidade para Lisboa, Aveiro passou a ser a "minha terra, uma cidade que passei a ter de apresentar aos meus amigos, dado que poucos a conheciam. Na perspectiva deles, Aveiro era pouco mais que ovos moles, moliceiros e o Beira-Mar; um sítio meio perdido entre a misteriosa nação portista e o mundo dominado pelos estudantes que é Coimbra. Em Lisboa, a minha cidade passou a ser pequenina, rotulada como mais uma cidade da "província" por aqueles que pouco conhecem o país para lá dos arrabaldes da capital. Forçosamente a tive de mudar a minha forma de me relacionar com uma cidade que, apesar de não me ter deixado com mais que uma mão cheia de amigos, me continua a fascinar.
Com esta nova conjuntura, tive de reinventar "Aveiro". Agora vejo a cidade como um adolescente promissor, cheio de falhas, mas com um futuro potencialmente muito agradável. A pequenez demográfica da cidade, que até me parece um dos seus pontos fortes, não desculpa a apatia geral desta cidade: no cinema, em que somos dependentes de cinemas mainstream que ignoram a maior parte dos bons filmes que têm passado nos últimos anos; no teatro, onde não temos produção própria e contamos apenas com as peças que vêm de fora, algumas delas de qualidade mais que questionável; no desporto, em que existem vários clubes dos mais variados desportos, mas que no entanto pouca relevância têm quando chegam a fases mais competitivas.
Aveiro tem de ter um plano. Um plano. Não se pode ter ilusões quanto a este ponto. A gestão de uma cidade neste momento não se pode resumir á resposta aos problemas que vão surgindo, tem de se antecipar esses problemas. Há que descobrir o que os aveirenses querem da cidade, como querem que esta cidade seja vista por quem não é de cá.
Eu, enquanto aveirense, penso que Aveiro deverá seguir o caminho da excelência cultural. Tem de se investir primeiro a nível escolar, recorrendo ás possibilidades que nos são dadas pelos agrupamentos das escolas de aveiro para coordenar uma política de colaboração, no sentido de proporcionar aos jovens aveirenses um conjunto de escolhas a nível de expressão artística que lhes permita desenvolver de forma saudável as suas capacidades neste campo. Acompanhando esta política deve-se potenciar o aparecimento de novas associações culturais, garantindo o apoio de iniciativas culturais, não só juvenis, mas também de pessoas normalmente alheadas deste tipo de associações, nomeadamente o "working class man".
Com isto não quero menosprezar os movimentos já existentes, como o Mercado Negro que tem trazido a Aveiro uma leva de artistas que em nada desmerece quanto ás restantes cidades. Também o renovado Teatro Aveirense tem aumentado a sua acção neste campo, não só no campo do teatro, mas também no do cinema e da dança.
Muito disto depende, ao contrário do que se pensa em Portugal, não da acção do poder político, mas principalmente da massa social aveirense. Temos de ser nós, aveirenses, a começar a mudança, investindo parte do nosso tempo protegendo a actividade cultural, discutindo, criando e apoiando novas actividades.
Depois, com a passagem para a universidade para Lisboa, Aveiro passou a ser a "minha terra, uma cidade que passei a ter de apresentar aos meus amigos, dado que poucos a conheciam. Na perspectiva deles, Aveiro era pouco mais que ovos moles, moliceiros e o Beira-Mar; um sítio meio perdido entre a misteriosa nação portista e o mundo dominado pelos estudantes que é Coimbra. Em Lisboa, a minha cidade passou a ser pequenina, rotulada como mais uma cidade da "província" por aqueles que pouco conhecem o país para lá dos arrabaldes da capital. Forçosamente a tive de mudar a minha forma de me relacionar com uma cidade que, apesar de não me ter deixado com mais que uma mão cheia de amigos, me continua a fascinar.
Com esta nova conjuntura, tive de reinventar "Aveiro". Agora vejo a cidade como um adolescente promissor, cheio de falhas, mas com um futuro potencialmente muito agradável. A pequenez demográfica da cidade, que até me parece um dos seus pontos fortes, não desculpa a apatia geral desta cidade: no cinema, em que somos dependentes de cinemas mainstream que ignoram a maior parte dos bons filmes que têm passado nos últimos anos; no teatro, onde não temos produção própria e contamos apenas com as peças que vêm de fora, algumas delas de qualidade mais que questionável; no desporto, em que existem vários clubes dos mais variados desportos, mas que no entanto pouca relevância têm quando chegam a fases mais competitivas.
Aveiro tem de ter um plano. Um plano. Não se pode ter ilusões quanto a este ponto. A gestão de uma cidade neste momento não se pode resumir á resposta aos problemas que vão surgindo, tem de se antecipar esses problemas. Há que descobrir o que os aveirenses querem da cidade, como querem que esta cidade seja vista por quem não é de cá.
Eu, enquanto aveirense, penso que Aveiro deverá seguir o caminho da excelência cultural. Tem de se investir primeiro a nível escolar, recorrendo ás possibilidades que nos são dadas pelos agrupamentos das escolas de aveiro para coordenar uma política de colaboração, no sentido de proporcionar aos jovens aveirenses um conjunto de escolhas a nível de expressão artística que lhes permita desenvolver de forma saudável as suas capacidades neste campo. Acompanhando esta política deve-se potenciar o aparecimento de novas associações culturais, garantindo o apoio de iniciativas culturais, não só juvenis, mas também de pessoas normalmente alheadas deste tipo de associações, nomeadamente o "working class man".
Com isto não quero menosprezar os movimentos já existentes, como o Mercado Negro que tem trazido a Aveiro uma leva de artistas que em nada desmerece quanto ás restantes cidades. Também o renovado Teatro Aveirense tem aumentado a sua acção neste campo, não só no campo do teatro, mas também no do cinema e da dança.
Muito disto depende, ao contrário do que se pensa em Portugal, não da acção do poder político, mas principalmente da massa social aveirense. Temos de ser nós, aveirenses, a começar a mudança, investindo parte do nosso tempo protegendo a actividade cultural, discutindo, criando e apoiando novas actividades.
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