21 maio 2006

300.000 km

São os quilómetros da minha Passat. É sempre bom saber que um simples carro já percorreu tão grande percurso. Claro que pelo caminho ficou: um motor, um alternador, o sistema de travagem, a direcção, o rádio (roubado, fdp’s), várias luzes, várias escovas do limpa pára-brisas e muitas outras coisas que já não me lembro.

A embraiagem quer ser a próxima!

Tou feito…

07 maio 2006

absolutamente genial

Tava eu na poltrona (não se deve almoçar e jantar no espaço de 3 horas, acreditem...) e para passar o tempo pus-me a ler a revista do Expresso deste fim-de-semana (a Actual) e deparei-me com a mais corrosiva crítica cinematográfica da minha vida:

(desculpa dri que sei que queres ir ver este filme...)


"Drawing Restraint 9
de Matthew Barney

Num dos seus mais refinados acessos de sadismo, a minha ex-mulher deu-se ao luxo de me enviar pelos anos os cinco volumes do ciclo Cremaster (1995-2002), de Matthew Barney - essa espécie de «artista total» que faz um pouco de tudo e muito de coisa nenhuma (condição sine qua non para atingir o sucesso na era pós-moderna), e cujas obras têm o condão de deixar as estudantes de belas-artes à beira do histerismo e de deixar este que vos escreve à beira da neurastenia. No entanto, e porque não sou pessoa de guardar rancores, achei por bem retribuir a gentileza e resolvi oferecer à dita senhora um bilhete para o novo ademane do génio. Trata-se de um projecto encomendado pelo Museu de Arte Contemporânea de Kanazawa (Japão) que Barney executa em estreita colaboração com a islandesa Björk - grã-duquesa do gemido experimental sobre fundo dodecafónico que compôs a insuportável banda-sonora e dá corpo a uma das figuras do filme. Mas filme, neste caso, quer dizer: instalação/escultura cinética onde o poeta visionário derrama uma «pe-dantesca» metafísica panteísta que não hesita em misturar esculturas de vaselina com rituais de casamento japoneses, e o tema da fusão de culturas com uma leitura diagonal da Ética de Espinosa. E, se acha que estou a delirar, veja com atenção a cena da transfiguração ou do «devir-baleia» de Barney e Björk - um dos mais patéticos momentos de cinema que vi em tempos da vida - e fique com esta belíssima tirada filosófica concedida pelo génio «himself» à «indieWIRE»: «O rock está em todo o lado. Deus vive no rock, Deus vive nas árvores, em cada parte vive o todo». Panteísmo pim-pam-pum? Não, obrigado (P.S.: Já ligaram do hospital. A minha ex-mulher saiu do coma). "

V. Baptista Marques

05 maio 2006

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos

04 maio 2006

Uma bela tarde na FDUNL




Garrett

Companheiro do tempo
De graças e desgraças.
Companheiro que lamento
Todo o mal que me faças.

Tiveste comigo nas esperas infinitas,
Nos momentos de cansaço,
Em imagens bonitas,
Tiveste em tudo o que faço.

Puxei-te e deitei-te fora
Tentei ignorar-te e ir-me embora.
Mas voltei sempre, como agora
Tenho-te na minha mente, a toda a hora.

03 maio 2006

Hints (José Gonzalez)

while the crowd is waiting for the final kiss
the one which allows them to sleep well
we walk along the wrong path
the one which leed us to our own blessed

we need hints
before we get tired
but we need hints
before we get tired
now we need hints
before we loose pace
now we need a hint to know we're on the right track

we need hints
before we get tired
but we need hints
before we get tired
now we need speed
before we loose pace
now we need a hint to know we're on the right track
Sono stanco di non sentire
ho voglia d’esistere,
di essere uno
di essere io

sono schiavo della mala fortuna
della vita normale
usuale e banale
tropo sentimentale

mi manchi oggi e sempre
e questo non è una bugia
senza te sono decadente
nella mancanza della tua magia