Ontem, dia 17 de Novembro, realizou-se a primeira iniciativa conjunta de estudantes do Ensino Superior (ES) desde que sou (que voltei a ser) dirigente associativo.
A Marcha nasce de uma vontade comum das direcções das Associações Académicas e de Estudantes (AAEE) reunidas no Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA) de Coimbra, em Maio deste ano. Nessa altura, praticamente todas as AAEE concordavam que se deveria realizar uma acção conjunta, antes do fim do ano, que servisse de sensibilização para os problemas do ES em Portugal. Como não existiu acordo nem quanto à data, nem quanto aos moldes, decidiu-se adiar a decisão para o ENDA seguinte. Em Setembro voltámo-nos a reunir em Setúbal, altura em que foi proposta pela AAC uma marcha em Lisboa que acabou por ser chumbada devido a discordâncias quanto aos moldes e à data (por existirem eleições e poder ser conotada com algum "partidarismo").
A AAC, não satisfeita, acabou por agendar um protesto em Lisboa, a que várias AAEE acabaram por aderir. A AAUL a que pertenço aderiu quase de imediato, sendo seguida da AAUM e sucessivamente, a AAUTAD, a AAUE, a AEIST, a AEFSH, entre outras. O lema da Marcha seguia os moldes propostos em ENDA, “Não Somos Contra, Somos Por”, e pretendia ser uma acção de sensibilização dos estudantes, da opinião pública e do próprio Ministério para os problemas que mais afectam o ES neste momento: a injustiça no modelo de atribuição de bolsas e o desinvestimento nas instituições de ES. Esta mensagem foi condensada e apropriada pelo movimento que entretanto se criou e a que chamámos ”Juntos Pelo Ensino Superior”.
A Marcha não caiu do céu, tinha objectivos específicos e procedimentos de actuação bem definidos. Não fomos para a rua para dizer “Não pagamos”, nem fomos contestar o RJIES ou o Processo de Bolonha. Todas estas são bandeiras do movimento estudantil, mas não o eram deste protesto em específico.
Dito isto, passo à Marcha em si. Com cerca de 4 mil estudantes na rua, parece-me que a adesão foi boa. A ideia era colocar o ES de novo na agenda e isso parece-me que foi conseguido. Fomos recebidos pelo Ministro durante pouco mais de uma hora, período em que aproveitamos para expor as nossas preocupações. No final da reunião foi-nos garantido que seríamos consultados no sentido de rever o sistema de atribuição de bolsas o que nos parece positivo. Contudo, quando confrontado pela Comunicação Social à saída da reunião, o Ministro foi bem menos assertivo na sua intenção de rever o modelo de atribuição de bolsas. Teremos por isso de esperar que cumpra a sua palavra e que trabalhe com os estudantes na revisão do modelo actual, se tal não acontecer será muito provável que protestos deste género tornem a acontecer.
A Marcha nasce de uma vontade comum das direcções das Associações Académicas e de Estudantes (AAEE) reunidas no Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA) de Coimbra, em Maio deste ano. Nessa altura, praticamente todas as AAEE concordavam que se deveria realizar uma acção conjunta, antes do fim do ano, que servisse de sensibilização para os problemas do ES em Portugal. Como não existiu acordo nem quanto à data, nem quanto aos moldes, decidiu-se adiar a decisão para o ENDA seguinte. Em Setembro voltámo-nos a reunir em Setúbal, altura em que foi proposta pela AAC uma marcha em Lisboa que acabou por ser chumbada devido a discordâncias quanto aos moldes e à data (por existirem eleições e poder ser conotada com algum "partidarismo").
A AAC, não satisfeita, acabou por agendar um protesto em Lisboa, a que várias AAEE acabaram por aderir. A AAUL a que pertenço aderiu quase de imediato, sendo seguida da AAUM e sucessivamente, a AAUTAD, a AAUE, a AEIST, a AEFSH, entre outras. O lema da Marcha seguia os moldes propostos em ENDA, “Não Somos Contra, Somos Por”, e pretendia ser uma acção de sensibilização dos estudantes, da opinião pública e do próprio Ministério para os problemas que mais afectam o ES neste momento: a injustiça no modelo de atribuição de bolsas e o desinvestimento nas instituições de ES. Esta mensagem foi condensada e apropriada pelo movimento que entretanto se criou e a que chamámos ”Juntos Pelo Ensino Superior”.
A Marcha não caiu do céu, tinha objectivos específicos e procedimentos de actuação bem definidos. Não fomos para a rua para dizer “Não pagamos”, nem fomos contestar o RJIES ou o Processo de Bolonha. Todas estas são bandeiras do movimento estudantil, mas não o eram deste protesto em específico.
Dito isto, passo à Marcha em si. Com cerca de 4 mil estudantes na rua, parece-me que a adesão foi boa. A ideia era colocar o ES de novo na agenda e isso parece-me que foi conseguido. Fomos recebidos pelo Ministro durante pouco mais de uma hora, período em que aproveitamos para expor as nossas preocupações. No final da reunião foi-nos garantido que seríamos consultados no sentido de rever o sistema de atribuição de bolsas o que nos parece positivo. Contudo, quando confrontado pela Comunicação Social à saída da reunião, o Ministro foi bem menos assertivo na sua intenção de rever o modelo de atribuição de bolsas. Teremos por isso de esperar que cumpra a sua palavra e que trabalhe com os estudantes na revisão do modelo actual, se tal não acontecer será muito provável que protestos deste género tornem a acontecer.
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