24 março 2011

Game Over


Como é que continuamos a ser tão tansos depois de se saber estas coisas? Tudo o que este filme nos ensina tem sido sucessivamente ignorado desde que a crise rebentou. Tivemos uma campanha presidencial em Portugal na qual o candidato vencedor chegou a dizer que não se podem antagonizar as agências de rating, das quais se fala diariamente, sem que ALGUÉM o confrontasse com as declarações que os presidentes dessas agências prestaram nas audições do congresso americano admitindo que as suas recomendações são apenas opiniões, sem qualquer base científica e que não devem ser seguidas quando se investe num produto financeiro.

Já andava há muito tempo para ver este filme e nunca na vida fiquei tão revoltado depois de ver um filme. Nunca. Enoja-me a forma como a mentira e o encobrimento florescem em países democráticos sem que existam consequências para quem as dissemina. E o mesmo se passa por cá. Quando o dinheiro controla a política e a política controla as leis e a justiça a impunidade aparece. Estou farto do discurso do inevitável criado por quem não só não o tentou evitar, como criou as condições necessárias para que os problemas acontecessem.

É neste clima que vivemos e é contra isto que temos de nos mobilizar. Contra o governo do que é nosso por quem se desculpa dos actos com a inevitabilidade. E se não vês solução no futuro político deste país que, não tenhamos dúvidas, passará pelo PSD e os seus boysalaranjadostipomaisdomemso, mexe-te. Eu começo amanhã a procurar alternativas. Procurar ou criar, logo se vê.

1 comentário:

Unknown disse...

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Não sei se é a melhor e não se vai resultar. Mas é uma tentativa. Uma das muitas.